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quinta-feira, 25 de junho de 2009

O homem que flutuava


Quando a muitos anos atrás eu fui ao show dele aqui no Morumbi, um show que me emocionou profundamente pela capacidade que ele tinha de encantar as pessoas, de calar uma multidão, parecia que flutuava no palco, ele não andava, ele não dançava ele flutuava, parecia que o chão não existia, apesar de toda aquela energia, de toda aquela voz, todo aquele poder ele não conseguia esconder sua fragilidade, pequeno, magro, branquinho... mas flutuava... me lembro que fui com meu irmão a esse show, só nós dois, depois que entramos e marcamos o ponto de encontro no caso da gente se perder, ele sumiu, fiquei sózinha no meio daquela multidão, esperando o show, e fui muito privilegiada, troquei subir num palanquinho improvisado por algumas olhadas no meu binóculo e vi tudo! sem cabeças na minha frente, foi ótimo mas ao mesmo tempo que eu estava encantada com aquilo tudo, dava um aperto no coração porque eu tinha certeza que nunca mais veria ele ao vivo, quem foi lá viu, ele era um caquinho de gente, mas flutuava... eu não vou chorar por ele, porque ele sofreu a infância toda, teve de tudo no auge do seu sucesso, se transformou, cresceu, e continuou cantando, flutuando... teve filhos, teve doenças, teve erros, denuncias, problemas e eu acho que pelo que ele passou em sua infância, não merecia morrer pior do que já estava, Deus foi misericordioso em leva-lo. Por isso eu me despeço dele aqui, escrevendo em sua homenagem, ouvirei para sempre suas músicas, verei seus vídeos, conhecerei seus filhos e pra mim ele será sempre o homem que FLUTUAVA...

ADEUS MICHAEL... TE AMO SEMPRE




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